RESUMO DO 1º CAPÍTULO – 2ª. PARTE –
“O ROMANCE DA RAPOSA”
A Raposa Salta-Pocinhas casou e teve 3 filhos.
Na altura morava
na antiga Toca do Texugo, que era pequena, mas para ela servia. Agora, que a
família aumentara, mudara-se para uma Toca grande, que mais parecia o labirinto
de um castelo. O marido adaptara a nova casa em termos de segurança e habitabilidade.
Na casa de
Salta-Pocinhas, a despensa estava agora sempre cheia, pois havia sempre um
poleiro a saque e os filhos cresciam gorduchos e bem alimentados. Num dia de caça,
o Pai Raposo foi apanhado por uma armadilha, ficou rodeado de cães e acabou por
morrer. Salta-Pocinhas conseguiu fugir e isolou-se em casa com os filhos.
A partir dessa altura, ficou transtornada: não saía de casa em busca de alimento, os pequenotes choravam com fome, andando à volta dela de manhã à noite. O medo tinha-se instalado na Mãe Raposa, desculpando-se com o mau tempo, até que uma manhã se encheu de coragem e acabou por sair de casa para procurar alimento.
Correu tudo e acabou por caçar e comer um insecto e um coelho, a quem enganou com a sua astúcia e lábia, lamentando-se depois de ser uma “mãe desnaturada”, pois saciara a fome e não deixara nada para os filhos. Continuou em vão a sua procura, até que, já o sol se tinha posto, decide temerariamente correr para o pátio rico onde o marido perdera a vida e, em frente de um galinheiro bem recheado, fez um assalto repentino e conseguiu sair com caça grossa para levar para casa, apesar da perseguição dos humanos e do cão.
A batalha estava
ganha: os seus filhos teriam alimento.
REFLECTINDO:
Salta-Pocinhas foi Mentirosa, Egoísta, Insensata e Lambisqueira, uma Mãe irresponsável, que só pensou nela.
A Consciência
salvou-a!
Carmo Bairrada
Azeitão, 10-02-2022
Resumo
– Segunda Parte : capítulo I
Entretanto, a vida de Salta Pocinhas evoluíra: passou a ter o título de comadre, tinha 3 filhos e mudara com a família para uma casa melhor, da qual se tinham apoderado – ela e o companheiro -, ao comerem os coelhos, seus senhorios.
Tinha a ajuda do pai dos seus filhotes, sempre roubando, sempre com artimanhas, até que numa das tentavivas de furto a um rico pátio de criação, ele foi apanhado numa ratoeira e ela ficou viúva. A perda deixou-a altamente traumatizada, não se atrevendo a saír da toca para ir caçar e alimentar os seus raposinhos.
Estes, esfomeados, reclamavam
comida, chorando, regougando, berrando, até que finalmente e a muito custo, ela
se atreveu a saír e a procurar alimento nos montes visitados pelo vento e sol
de Maio.
Com a astúcia do costume, conseguiu apanhar um grilo, depois um coelho – este, após diálogo insinuante e cheio de perfídia -, mas comeu-os num ápice, mal os apanhou.
Recriminou-se de cada vez que
o fez, sentindo-se uma mãe desnaturada.
Contudo, era imperioso levar
comida aos filhos.
Voltou aos montes e descobriu um rebanho com os seus cordeiros, o que a entusiasmou. Receava, porém, o temível cão ‘Mondego’:
À sucapa, foi seguindo o rebanho até que uma ovelha a viu e deu o alarme. Perseguida pelo cão teve que fugir .
Longe e em segurança, fez uma pausa para descansar num outeirinho e deitar contas à vida. Observou a paisagem à volta e lá em baixo, onde via o fumo das cozinhas, parando-se-lhe o olhar no pátio rico onde o companheiro se finara, o que despertou os seus instintos ferozes e plano arguto.
Largou a correr, ligeira,
afoita, passando por carros de bois, lavradores, mondadeiras, jornaleiros,
caminhantes, o padre-cura, o sapateiro e sempre veloz, rumo ao tal pátio.
Ninguém deu por ela e aí chegada esgueirou-se num relâmpago e apanhou uma fraca pelo pescoço e correu. O cão ‘Minhoto’ saltou e ladrou, o que provocou grande alarido entre aquelas gentes que a amaldiçoaram.
Cheia de bravura, a comadre
raposa Salta - Pocinhas corria sem largar a presa.
Conceição m.
A SALTA POCINHAS
Olá! Sou a Salta Pocinhas
E
manhas iguais às minhas
Não
sei se vão encontrar!
Mestra
em trapacear
Sou
disfarçada, matreira,
Preguiçosa
e lambisqueira!
Nunca
me sinto perdida,
Sou
rápida e atrevida,
Pequena,
mas muito forte!
Nem
a sentença de morte
Quebrou
a minha vontade
Ou
me tirou a liberdade!...
E
de poleiro em poleiro
Perdi
o meu companheiro!
Com
três filhos para criar,
O
remédio é trabalhar.
Corro pelos campos fora
E
até à última hora,
Serei
raposa matreira,
Sem
vergonha e trapaceira!
Elita
Guerreiro 18/1/2022
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