quarta-feira, 4 de novembro de 2020

Em tempo de Pandemia, por Adalberta Marques



Não tropecem nas palavras

Isto diz a professora

São tantas e tão diversas

Que andam pela sala fora


Temos uma árvore sábia

Lá fora no exterior

Onde poisa uma gralha

Emitindo um hino de amor


Temos poetas fadistas

Temos fazedores de histórias

Com plantas malabaristas

Partilhadores de memórias


Temos um par de Fernandos

Não vá um deles faltar

Temos pássaros aos bandos

É só para a rua olhar

 

Numa sala tão pequena

Oh! Quanto pode caber

A sábia sempre serena…

Com tanto para fazer

 

Falta-nos o mapa astral

O Fernando quer ser definido

Pelo carinho maternal

Que na Elita tem sentido

 

Que turma tão engraçada

Com tanto por aprender

Uma estante recheada

E tanto livro por ler…


Mas onde andam os leitores?

Dos livros tão arrumados

Onde andam os escritores

Tão quietos tão calados


Aqui calçam-se poetas

Com palavras aprendidas

Faltam-nos alguns profetas

Com mensagens nunca lidas


Sobretudo temos tudo

E tudo para começar

Somos um grupo sortudo

Com muito afeto para dar

 Adalberta Marques

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