O anel do meu amigo
perdí-o so-lo verde pinho,
e chor'eu, bela!
O anel do meu amado
perdí-o sso-lo verde ramo,
e chor'eu, bela!
Perdí-o sso-lo verde
pinho;
por en chor'eu, dona
virgo,
e chor'eu, bela!
Perdí-o sso-lo verde ramo,
por en chor'eu, dona
d'algo,
e chor'eu, bela!
Pero Gonçalves de Portocarreiro
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Tinha um cravo no meu balcão;
Veio um rapaz e pediu-mo
- mãe, dou-lho ou não?
Sentada, bordava um lenço de mão;
Veio um rapaz e pediu-mo
- mãe, dou-lho ou não?
Dei um cravo e dei um lenço,
Só não dei o coração;
Mas se o rapaz mo pedir
- mãe, dou-lho ou não?
Canção, Eugénio de Andrade
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O pinheiro estava em flor
Quando me deitei no musgo
Ficou meu corpo delgado
Coberto de pó doirado
Como túnica de amor
Passou tempo, foste embora
O pinheiro inda lá está
E o penedo sentinela
Naquela Sintra tão bela
Lembra coisas do passado
Que não existem agora
Mas a memória não passa
E o pó de oiro em cada ano
Traz-me imagens esbatidas
De corpos entorpecidos
E não deixo de achar graça !
Mercedes Ferrari
“AMOR
SOB O VERDE PINHO”
Deste-me
um anel
Perdi-o,
Fiquei
por ele a
Chorar!
Caiu
no solo de
Pinho,
Não
o voltei a
Encontrar!
“
E chor`eu bela”
Era
o símbolo
O
anel,
Do
nosso amor e
Carinho,
E
dos teus lábios de
Mel
Com
aroma a
Verde
pinho!
“
E chor`eu bela!
Era
eu virgem de
Esperanças,
E
o teu anel me
Prendeu!
Ficam
no pinho as
Lembranças,
Do
anel que se
Perdeu!
“E
chor`eu bela”
Elita Guerreiro*22/1/2016
O
inacabado lenço
Quando
os rapazes pediam
Os
cravos do meu balcão
Olhavam
para mim sorriam
Dava-lhes
meu coração
Enquanto
um lenço bordava
Sentada
no meu balcão
À
minha mãe perguntava
Mãe
dou-lhes o lenço ou não?
E
minha mãe a sorrir
Não
dizia sim nem não
E
eu tinha que decidir
Se
dava o lencinho ou não!
Ainda
nem terminei
O
lenço de encantamento
O
moço a quem o não dei
Ficou
perdido no tempo
Adalberta Marques
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