En Lixboa, sobre lo mar
barcas novas mandei lavrar,
ai mia senhor velida!
En Lixboa, sobre lo ler,
barcas novas mandei fazer,
ai mia senhor velida!
Barcas novas mandei lavrar
e no mar as mandei deitar,
ai mia senhor velida!
Barcas novas mandei fazer
e no mar as mandei meter,
ai mia senhor velida!
Joan Zorro
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BARCAS NOVAS
Lisboa tem suas barcas
agora lavradas de armas
Lisboa tem barcas novas
agora lavradas de homens
Barcas novas levam guerra
as armas não lavram terra
São de guerra as barcas novas
no mar deitadas com homens
Barcas novas são mandadas
sobre o mar com suas armas
Não lavram terra com elas
os homens com sua guerra
Nelas mandaram meter
os homens com sua guerra
Ao mar mandaram as barcas
novas lavradas de armas
Em Lisboa sobre o mar
armas novas são mandadas
Fiama Hasse Pais Brandão, in Barcas
Novas, 1967
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LISBOA SOBRE O TEU MAR
Lisboa
Terra de barcas
Qua
nas almas deixaram marcas
Com
as suas barcas novas
Lisboa
não lavrou trovas
Se
novas barcas fossem arado
Quanto
pão seria lavrado
Oh!
Barcas por estrear
Não
percais homens no mar!
Deixem
as armas em terra!
Quem
vos enviou promove a guerra…
Nem
uma semente germinou
Com
a guerra dos homens que lavrou
Lisboa
sobre o teu mar
Armas
novas, armas velhas, não deixes homens levar!
Ainda
hoje lavram nas mentes
Nesses
homens dessas barcas
Que
da paz não viram semente
Em
quem a guerra deixou marcas
E
eu de ver-te vestida
No
meio da multidão
No
meio de todos perdidos
De
lenço branco na mão…
Adalberta Marques
“PARTEM BARCAS LEVAM SONHOS”
O sonho de navegar
Não é de hoje é de sempre,
No desejo de encontrar
Novas terras, nova gente!
Assim partem de Lisboa
Barca novas para o mar,
Não vão navegar à toa
Levam armas de guerrear!
Os arados ficam em terra
Ficam filhos por criar,
Partem os homens para a guerra
Resta às mulheres chorar!
As vidas que por lá se perdem
São demais para pagar,
As bandeiras que se erguem
Nas barcas ao regressar!
Quem mandou que lavrassem
Barcas novas sobre o mar,
Não pensou que provocassem
Tanta dor, tanto pesar!
Elita Guerreiro*12/1/2016
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