CONSTRUÇÃO DO DISFARCE
NA “DONZELA GUERREIRA”
VERSÕES→
DISFARCES↓
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LEONARDO
[1]
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LEONARDA
[1]
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A DONZELA QUE VAI À GUERRA
[2]
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D.MARTINHO
[3]
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ALFERES NOVO
[4]
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XXXIX.134
[5]
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XXXIX.135
[6]
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Armas
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X
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X
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Cavalo
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X
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X
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X
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X
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Espada
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X
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X
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X
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Botas e Esporas
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X
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Botas
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X
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X
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X
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X
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X
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X
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Guardas de ferro (Luvas)
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X
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Luvas
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X
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Botins
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Gibão
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X
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Espiritim
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X
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Coletes
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X
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Fatos
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X
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Fardas Largas
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X
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Casaca de Camelão
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X
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Casaco largo
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X
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Cara
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X
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Olhos
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X
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X
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X
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X
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X
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X
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X
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Ombros
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X
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X
|
X
| ||||
Peitos
|
X
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X
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X
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X
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X
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X
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Mãos
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X
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X
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Pernas
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X
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Pés
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X
|
X
|
X
|
X
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Cabelos grandes
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X
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X
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X
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X
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X
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Pente e Tesoura
| |||||||
Tesoura
|
X
|
X
|
X
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[1] - L.Buescu, Monsanto Etnografia e Linguagem , Ed. Presença s/d. (págs.169, 17º e 171)
[2] - Versão reconstituída” sobre a lição dos Açores. João Pinto Correia, Romanceiro Tradicional Português,
Ed. Comunicação, 984. - A. Garrett, ed. 1963 -(págs. 347, 348,349 e 350) J.P. Correia.
[3] - Versão de Vinhais. Trás-os-Montes -“Pe. Firmino Martins 1928”- (págs. 350,351 e 352)
[4] - Versão de Parada d’Infanções, concelho de Bragança , 1902 – VRP 1958 – (353 e 354)
[5] - Açores - Ilha das Flores, lido por Jerónimo G. Trigueiro , de 72 anos, natural da Fazenda das Flores,
de um caderno que escreveu há muitos anos “Uma Velha Vizinha” é que o cantava. Stoughton, 23-02- 1978. (Recolhido nos EUA – Nova Inglaterra).
[6] - Madeira, Caniçal, concelho do Machico, recitada por Maria Alves, 60 anos. (Recolhida por Perre Ferré e Ana Maria Martins em 04-08-1981. “Ferré 1982” (355, 356 e 357)
DESCONSTRUÇÃO DO DISFARCE
NA HISTÓRIA DA “DONZELA GUERREIRA”
VERSÕES ↓
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NOME DADO
À DONZELA
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“PROVAS INICIÁTICAS”
=FEMININO=
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“PROVAS INICIÁTICAS”
=MASCULINO=
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- SITUAÇÃO INICIAL -
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[1]
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LIONARDO
|
Ó minha mãe, ê me morro,
Ê me morro de paixão!
Os olhos de Lionardo
Sã de mulher, d’homem não.
(Repete-se antes de cada
convite)
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LIONARDO
|
.Convite para Compras
| |||
Se queres saber ó mê filho,
leva-a contigo a comprar,
S’ela for mulher ò homa
Da’ rendas s’há-de agradar.
|
-Ó que linda’rendas há
pra uma dama trajar!
Ó que linda spada d’ouro
Pra na guerra garrear!
| ||
.Convite para jantar
Se queres saber ò mê filho,
Leva-a contigo a jantar.
S’ela for mulher ò homa
No mais baixo s’há-d’assantar.
|
Leonardo para mal disfarce
O capote foi busquér,
Assantou-se im cima dele
pra no mai alto fequér
| ||
.Convite para Nadar
Se queres saber ò mê filho,
leva-a contigo a nadar;
S‘ela for mulher ò homa
no s’há-de querer desfardar.
-Camarada entra prà-i –água
Não te estejas acobardar.
|
-Alto, alto mês camaradas,
Quem me quer acompanhar?
Tchegou ma carta do céu
traguia grande pesar:
Tinha a minha mãe morta
O mê pai a acabar.
-SITUAÇÃO FINAL-
Sete anos andei na guerra,
c’o filho dum capetão,
morto andava por saber
s’eu mulher ò não.
– Que camarada é aquele
Que te vem acompanhar?
| ||
-É o genlro de mê pai,
se o quejér acêtér.
|
[1]
|
LIONARDA
|
- SITUAÇÃO INICIAL -
-Ai minha mãe que me morro
Morro do coração,
Que olhos de Lionardo
Sã de mulher, d’homem não.
(Repete-se antes de cada
Convite)
|
LIONARDA
|
.Convite para ir à Tenda
| |||
- Convida-o tu ó mê filho,
Pra contigo ir à tenda:
Se ela mulher for
Se há-de agradar da renda.
|
-Que linda’rendas
pràs meninas brilharem.
-Ai que belas spadas
pra na guerra garrearem.
| ||
.Convite para ir a jantar
| |||
- Convida-o tu ò mê filho
pra contigu’ir a jantar.
Se ela mulher for
assento abaixo há-de procurar.
|
-Ai que cadêras tã baixas
Pra um homem s’assentar.
| ||
.Convinte para Drumir
| |||
-Convida-o tu ò mê filho
Pra contigu’ir a drrumir,
Se ela mulher for
não s’há-de querer despir.
|
Tenho feito juramento
stou disposto a cumprir,
De set’anos andar na guerra
sem calça e ceroula despir.
| ||
.Convite para nadar
| |||
- Convida-o tu ò mê filho
pra contigu’ir a nadar
Se ela mulher for
| |||
na água se vai apoguentar.
| |||
Acompanha-me companhêro
Se me queres acompanhar.
Veio uma carta do céu…………
Que tenho a mãe morta
E o pai a acabar.
- SITUAÇÃO FINAL -
Set’anos andei na guerra
co filho dum capetão,
Que se morria por saber
s’eu era mulher ò varão.
| |||
- Que cavalêro é aquêle
que passei´ò mê quintal?
-É sê genro, mê pai
se o quejer acêtér.
| |||
- Convid’ò tu minha filha
Pra contigo vir a jantar.
| |||
- SITUAÇÃO INICIAL-
| |||
[2]
|
DAROS
|
Senhor pai, senhora mãe,
Grande dor de coração;
Que os olhos do conde Daros
São de mulher, de homem não.
(Repete-se antes de cada
convite)
|
DAROS
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.Convite para ir ao Pomar
| |||
- Convidai-o vós, meu filho,
Para ir convosco ao pomar
Que, se ele mulher for,
À maçã se há-de pegar,
|
A donzela, por discreta,
O camoês foi apanhar.
-Oh que belos camoeses
Para um homem cheirar!
Lindas maçãs para damas
Quem lhas pudera levar!
| ||
.Convite para jantar
| |||
-Convidai-o vós, meu filho,
Para convosco jantar;
Que, se ele mulher for
No estrado se há-de encruzar.
|
A donzela, por discreta,
Nos altos se foi sentar
| ||
.Convite para Feirar
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- Convidai-o vós, meu filho,
para convosco feirar;
que se ele mulher for
Às fitas se há-de pegar.
|
A donzela, por discreta
Uma adaga foi comprar
-Oh que bela adaga esta
Para com homens brigar!
Lindas fitas para damas:
Quem lhas pudera levar!
| ||
.Convite para nadar
| |||
- Convidai-o vós, meu filho,
Para convosco nadar;
Que, se ele mulher for
O convite há-de escusar.
|
A donzela, por discreta,
Começou-se a desnudar…
Traz-lhe seu paje uma carta.
Pôs-se a ler, pôs-se a chorar,
- Novas me chegam agora,
Novas de grande pesar:
De minha mãe é morta,
Meu pai se está a finar.
Os sinos da minha terra
Os estou a ouvir dobrar;
E duas irmãs que eu tenho,
Daqui as oiço chorar.
-Monta, monta, Cavaleiro!
Se me quer acompanhar.
Chegavam a uns altos paços.
Foram-se logo apear.
- SITUAÇÃO FINAL -
- Senhor pai, trago-lhe um genro,
Se o quiser aceitar;
Foi meu capitão na guerra,
De amores me quis contar…
Se ainda me quer agora,
Com meu pai há-de falar.
Sete anos andei na guerra
E fiz de filho barão.
Ninguém me conheceu nunca
Senão o meu capitão;
Conheceu-me pelos olhos
Que por outra coisa não.
| ||
- SITUAÇÃO INICIAL -
| |||
[3]
|
D.MARTINHO
|
Minha mãe do coração,
Minha mãe do coração,
Os olhos de D. Martinho
de mulher são, que d’homem não.
(Repete-se antes de cada
Convite)
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D. MARTINHO
|
.Convite p’ra ir à Tenda
| |||
Roga-a tu , ó meu filho,
Para ela ir à tenda;
que se ela mulher for
há-de inclinar-se à renda.
|
-Ó que facas e pistolas
para um homem batalhar!
Ó que fitas para damas,
Quem lh’as pudera levar!
Recolhera-se para casa
Muito triste sem falar.
| ||
.Convite para Nadar
| |||
- Convida-la, ´o meu filho,
para o rio ir nadar,
pois se ela mulher for
logo se há-de acobardar.
|
Logo ao dia seguinte
Trataram de passear;
Chegaram para o rio,
trataram de ir nadar.
Entre lá, meu capitão,
que tem n’o primeiro logar;
eu como seu camarada
tenho de o acompanhar.
O capitão desfardou-se
e trata de ir a nadar;
o camarada ficou-se,
a despir-se e a olhar.
Olá, olá cavaleiro,
Tristes novas te venho dar,
teu pai já é morto,
tua mãe a enterrar.
- SITUAÇÃO FINAL-
O capitão saiu do rio
Teve que a levantar:
Vieram-se para casa
E trataram de se deitar.
| ||
.Convite para Jantar
- Convida-la, ó meu filho,
para um dia ir jantar;
põe-lhe bancos altos e baixos
p’ra ver onde se vai sentar
preparou-se ao jantar
convidou-a para se sentar
O capitão não satisfeito
Continuou a desconfiar
|
e ela como discreto
ós altos se foi sentar.
| ||
.Convite para ir à Praça
| |||
- Convida-lo, ó meu filho,
p’ra ir passear à praça
a ver las jóias de lá;
pois ela se mulher for
às jóias se há-de inclinar.
Logo para o outro dia
Se foram a passear:
mostrou-lhe jóias e espadas,
lindos ferros de engomar.
Andando e passeando,
tratavam de conversar:
|
-Ó que lindas jóias de ouro
p’ra damas de assear!
Aqui vão ter lindos ferros
para as damas engomar.
Ó que lindas espadas fortes
para com moiros brigar!
| ||
.Convite para Dormir
| |||
- Convida-la, ó meu filho,
Para ambos ir dormir
e tu não deixes tomar o sono
sem ver o qui s’ali sair
deitaram-se par a par,
e não puderam dormir;
|
- SITUAÇÃO FINAL -
logo à pela manhã
trata de se despedir.
Adeus meu capitão,
Eu já não o posso servir;
Vou-me para minha casa
à guerra não posso resistir.
| ||
[4]
|
ALFERES
NOVO
|
- SITUAÇÃO INICIAL -
Minha mãe, d’amores me morro, - d’amores do coração,
Que os olhos do alferes novo
- são de mulher, de homem não.
(Repte-se antes de cada
convite)
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ALFERES NOVO
|
.Convite para ir ao Jardim
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- Convida-o tu, ó meu filho,
Para um jardim passear.
Que ele, se mulher for,
Ás flores s’há-de inclinar.
| |||
- Queres tu ir,ó alferes novo.
Comigo a passear?
Vamos lá ó camarada,
não haja que demorar!
Oh, que linda florzinha
p’ra uma senhora cheirar!
Que lindo junquilho verde
-para um soldado varar!
| |||
.Convite para Jantar
| |||
-Convida-o tu, ó meu filho,
Contigo vir jantar.
p’ra contigo vir jantar,
Qu’ela, se mulher for,
ao mais baixo s’há-de ir sentar.
|
- Queres comigo, ó alferes novo,
Vir comigo a jantar?
- Vamos lá ó camarada,
não haja que demorar!
Ela, como senhora discreta
ao mais alto se foi sentar.
| ||
.Convite para Passear
| |||
- Convida-o tu, ó meu filho,
para uma tarde ir passear,
Que ela, se mulher for,
aos lenços s’há-de inclinar.
Queres tu vir, ó alferes novo,
comigo ir a passear?
|
Vamos lá ao camarada,
não haja que demorar!
Que lindo lenço de seda
p’ra um senhor assear!
Oh, que lindo bonezinho
p’ra um soldado figurar!
| ||
.Convite para ir ao Banho
| |||
- Convida-o tu, ó meu filho,
p’ra vos irdes a banhar,
Que ela, se mulher for,
Alguma escusa há- de dar.
|
queres tu, ó alferes novo,
que nos vamos a banhar?
Vamos lá ó camarada,
não haja que demorar!
Tristes novas me vieram
que lhes não posso faltar:
Que meu pai já era morto,
minha mãe ‘stava a acabar.
- SITUAÇÃO FINAL -
Fica-te tu, ó rei mouro,
tu e o teu batalhão.
Sete anos andei na guerra
Sem saber s’era home ou não!
| ||
[5]
|
VARÃO
|
- SITUAÇÃO INICIAL -
-Ai jesus mãe da minh’ alma,
amores me matarão;
os olhos daquele varão
são de mulher e d’homem não.
(Repete-se antes de cada
convite)
|
VARÃO
|
.Convite para ir à Loja
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. Convidai-o vós, meu filho,
Para com ele ires à loja,
Porque, se ele mulher for,
às fitas se há-de pegar.
|
O varão como discreto,
A uma arma se apegara.
-Oh que linda arma esta
Para um soldado brigar!
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.Convite para ir à Quinta
| |||
- Convidai-o vós, meu filho,
Para com ele ires à quinta,
porque, s ele mulher for,
às flores se há-de apegar.
|
O varão como discreto,
a uma cidra se apegara.
Ó que linda cidra esta
para uma sécia cheirar!
| ||
.Convite para Jantar
| |||
- Convidai-o vós, meu filho,
para com ele ires jantar,
porque, se ele mulher for,
ao peito o pão há-de levar.
|
Sentaram-se ambos à mesa,
começaram a conversar;.
o varão partiu o pão
sem ao peito o levar.
| ||
.Convite para Deitar
| |||
- Convidai-o vós, meu filho,
para com ele te ires deitar;
ele, que se mulher for,
alg~ua escusa te há-de dar.
|
O varão, como discreto,
passeando e a conversar,
passando toda aquela noite
sem, se ir deitar.
| ||
.Convite para Nadar
| |||
- Convidai-o vós, meu filho,
para com ele ires a nadar,
porque, se ele mulher for,
alg~ua escusa te há-de dar.
|
O varão com um pé descalço
e com o outro ainda calçado
deixou cair perto de si
um bilhete na i-água
-Ai Jesus, quem me acuda,
Justiça deste lugar!
Os sinos da minha terra
aqui os ouço dobrar.
Foi meu pai que morreu,
minha mãe se vai a enterrar.
- SITUAÇÃO FINAL -
Fica-te para aí ó rei,
Sete i-anos te servi:
em donzela entrei
e em donzela saí.
Saindo o príncipe da água
uma carta encontrava;
esteve ele a lendo,
vendo o que ela contava.
Foi o primeiro em sua procura,
com os seus pais o foi encontrar;
essa tão linda donzela,
com ela foi ele casar.
| ||
[6]
|
D.MARTINHO
|
- SITUAÇÃO IINICIAL -
Os olhos de D. Martinho, senhora mãe, matar não,
O corpinho será d’home e os olhos de mulher são.
(Repete-se antes de cada
Convite)
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D. MARTINHO
|
.-Convite para Jantar
-Convide-la vós, meu filho,
Par’ó quarto teu jantar,
S’acaso ela for mulher,
Alguma escusa vai dar.
|
Os altos são par’os homens ,
Ê neles que me vou sentar
e os baixos par’as mulheres
e deles me vou afastar.
| ||
.Convite para o Jardim
- Convida-la vós, mê filho,
par’ó jardim passear,
s’acaso ela for mulher,
alguma escusa vai dar.
|
- Os cravos são par’às mulheres,
ê deles que me vou afastar
e as rosas são par’ós homes,
ê delas me vou pegar.
| ||
.Convite para ir ao Rio
| |||
- Convida-la vós, mê filho,
par’o rio se lavar,
s’acaso ela for mulher
alguma escusa vai dar.
| |||
.
|
O capitão ‘tava no mar
e D. Martinho na terra a chorar,
-O que tendes, D. Martinho,
que ‘tais aí tão afligido?
- Porque hoje me chegam novas
que mê pai é falecido,
- Que tais novas são recebidas
é escusa que me queres dar,
se tê pai é falecido,
amanhã vai a enterrar.
- SITUAÇÃO FINAL -
- Agora é que te digo
que sou a pura donzela,
se quiseres casar comigo,
anda lá p’r’a minha terra
Sete anos e um dia na guerra
De D. João , que ninguém
me conheceu senão
o senhor capitão:
conheceu-me por os olhos,
por outra coisa não
|
[1] – Maria Leonor Buescu, Monsanto-Etnografia e Linguagem, Presença, s/d- -
[2] - João David Pinto Correia, Romanceiro Tradicional Português, Comunicação, 1984
(Versão “reconstituída” sobre a lição dos Açores.) A. Garrett, ed. 1963
[3] – Versão de Vinhais. Trás-os-Montes. Pe. Firmino Martins 1928
[4] – Versão de Parada d’Infanções, concelho Bragança, 1902 (Canta-se de Tarde)
[5] –Açores- Lido por Jerónimo Gonçalves Trigueiro, de 72 anos de idade, natural da Fazenda
das Flores, Ilha das Flores, de um caderno que escreveu há muitos anos, “Uma
E.U.A. – Nova Inglaterra) Costa Fontes 1980
[6] – Madeira – Versão do Caniçal (concelho do Machico), recital por Maria Alves, 60 anos.
Recolhida por Pere Ferré e ana Maria Martins, no dia o4-08-1981. (Ferré 1982)
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