O VENTO
Vento!...
Trazes
contigo
A
chuva arrasadora
E
a tua força pujante
Que
destrói tudo
À
tua passagem,
Fazendo
lembrar
Os
uivos dos lobos
Quando
estão com fome.
Os
silvos das ondas
Dum
mar revolto
Que
contra os rochedos
Despedaça
os barcos
Enquanto
se ouvem
Os
gritos pungentes
Dos
náufragos
Que
se afundam.
Em
terra voam
árvores
e casas
Deixando
sem tecto
Tanta
gente.
Os
teus assobios
Estridentes
que entram
Pelas
frinchas
De
portas e janelas
Sem
pedirem licença
E
que tantos medos
Causam
às crianças.
Os
campos férteis
Todos
inundados
E
a fome espreita
Porque
as colheitas
Já
estão perdidas.
A
tua alegria de ver
chapéus
de chuva
Voando
pelos ares
Voltados
do avesso,
E
todos partidos,
O
empurrar de pessoas
Que
mal se seguram de pé
E
vão batendo com dor
Nos
obstáculos que surgem
No
seu caminhar…
Vento!
Desaparece
para bem longe…
Quando
te enfureces,
Até
os Deuses tremem.
Deixas
sempre para trás
Um
cenário de destruição.
Vai!
Deixa-me ficar
Somente tranquila…
Azeitão,
26-01-2016
Carmo
Bairrada
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