O
Corvo e o Pombo
Não
era noite
Mas
ele estava lá
O
Corvo…
Empoleirado
numa vara
Olhou,
olhou
E disse
para consigo:
-
Como posso eu entrar
Na
casa dos Pombos Brancos?
Era
preto com seus laivos azulados.
A cor
da plumagem não o favorecia.
Naquele
momento,
Dar-lhe-ia
mais jeito ser Branco.
Pensou,
pensou…
Saiu
do seu poiso e voou.
Foi
pintar de branco a sua plumagem.
E eis
que avançou para os Pombos Brancos…
Os Pombos
Brancos…
Estes
assustaram-se com aquela entrada
Mas
não se aperceberam de nada…
Era
mais um Pombo Branco
Que
acabara de chegar ao pombal.
O
Corvo Preto-Branco por lá ficou
Numa
bela convivência com os Pombos Brancos.
Um
dia, sem querer, “crocitou”
Aí …
Os
Pombos Brancos…
Espantados
com o intruso
Revoltaram-se
e bicaram-no todo.
Foram
tantas as bicadas,
Que o
Corvo Branco-preto
Saíu
bem magoado daquela luta
E voou
directo para a sua colónia
Todos
os Corvos Pretos o olharam,
Estupefactos
Por
verem um dos seus
Tão…
Tão… Trans…
Transmutado!
Perguntaram:
- Que
se passa contigo?
Estás
Branco ?... És Branco?
E
chegas assim, tão ferido?
Para
os Corvos Pretos
Talvez
fosse um mau presságio…
Assustados,
correram com o Corvo Preto,
Pensando
que ele se transformara
Num Pombo
Branco.
MORAL DA HISTÓRIA:
“TODOS
IGUAIS, TODOS DIFERENTES”
Não é
pela COR que cada um tem que se
medem valores, acções ou comportamentos que possam ser praticados por qualquer SER, isso é um preconceito que,
infelizmente, está ainda muito presente em todos nós.
Azeitão,
08-01-2015
Carmo Bairrada
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