RESUMO DO
4º. CAPÍTULO – 2ª. PARTE
ROMANCE DA RAPOSA
A Comadre Salta-Pocinhas faltou
ao habitual encontro. A Raposa Patifina e as amigas correram tudo à sua
procura, não conseguindo encontrá-la.
Foram até à boca da mina e
gritaram pelo seu nome, até que ouviram uma voz fraca dizendo que estava com a
peste. As raposas fugiram à excepção de Patifina que acabou por ficar e
descobrir que a Comadre Salta-Pocinhas estava a banquetear-se com uma boa peça
de carne fresca. Ela convida-a. Patifina aceita e sai de barriga cheia,
pensando que tinha descoberto o sítio certo, onde a comida não lhe faltaria.
No dia seguinte, apareceu sozinha, sem lhe passar pela cabeça ser recebida pelo Lobo Brutamontes. A Raposa Patifina fugiu, comentando consigo que se juntara a Manha com a Bruteza.
Numa manhã fria e nublada, os Compadres decidiram sair para caçar. De repente, passou por eles uma mulher com um cesto à cabeça e o Lobo quis atacá-la. Salta-Pocinhas advertiu-o para que não o fizesse, pois ficariam sujeitos a serem vistos pelos homens que limpavam a mata. Pediu para ficar onde estava, que ela continuaria a seguir a mulher. Mais adiante, olhou o céu e viu que a Lua Cheia já estava a descoberto, reflectida na água da poça.
A Comadre chamou o Lobo, contou-lhe
que a mulher do cesto escorregara e caira do cesto um queijo que fora parar
dentro de água. O Compadre cobiçou o queijo…
A Comadre Salta-Pocinhas
explicou-lhe que o que resultaria era que os dois fossem para dentro da poça e bebessem
toda a água que pudessem, pois assim o queijo viria ao cimo.
Com grande impaciência, o Lobo
bebeu água até não conseguir andar a direito, enquanto a Comadre só molhou a boca.
Como o queijo não viesse à tona, Salta-Pocinhas disse-lhe que esperasse, pois ia
à procura de uma enxada para o retirar da água.
Aí chegada, regouga e atrai os homens da mata que ao ouvi-la a perseguem. De repente, deixam de a ver. Voltaram para trás, viram o Lobo Brutamontes sem se mexer e deram-lhe uma sova, seguida de apedrejamento, ficando sem se poder vingar, enquanto a Salta-Pocinhas se deliciava com o almoço dos mateiros.
Quando a Comadre chegou de barriga
cheia e viu o estado em que ele estava, encolheu uma pata e coxeou,
queixando-se que tinha muitas dores, pedindo ao Compadre que a levasse às
cavalitas, pois iam ser mortos pelos mateiros. O Lobo negou-se. A Comadre
começou a carpir – se de tal maneira, que ele acabou por consentir. Quando se
apanhou às cavalitas, começou a cantar. A sua astúcia, mais uma vez, contribuiu
para humilhar o Lobo Brutamontes, que se considerava muito esperto.
Azeitão, 01-05-2022
Carmo Bairrada
A SALTA - POCINHAS, O BRUTAMONTES E A PATIFINA
Sob o comando da
Patifina, foram procurar a Salta - Pocinhas, que não aparecia há alguns dias.
Chamaram-na à entrada da velha mina, mas não obtiveram resposta. Então, a
Patifina foi entrando. Sentindo que alguém se aproximava, a raposa começou a lamuriar-se,
que estava doente, que tinha peste… Fugiram as raposas, temendo o contágio. A
Patifina seguiu em frente e foi encontrar a Salta - Pocinhas a comer um pedaço de lombo de
carneiro. Comeram as duas. No dia seguinte, a Patifina voltou à mina, mas a
surpresa foi enorme, ao ver a Salta - Pocinhas
e o lobo Brutamontes estraçalhando um enorme chibato. Fugiu sem olhar para
trás: o lobo e a raposa haviam feito as pazes e comemoravam com um grande
festim. Voltaram às caçadas. Um dia, passou por perto uma mulher, carregando à
cabeça um cabaz com comer. O lobo estava tentado a atacá-la, mas a raposa
tratou de o dissuadir. Convenceu-o de que do cesto havia caído um queijo e que
estaria no fundo do charco e que o remédio era esvaziá-lo, bebendo toda a água!
Era o reflexo da lua, mas o lobo, convencido, bebeu, bebeu, até cair
empanturrado, sem se poder mexer. Então a raposa, pé ante pé, aproximou-se do
campo, onde almoçavam os trabalhadores, que ao notá-la, correram no seu encalço
com quantas ferramentas tinham à mão. Esquecido o almoço, a raposa fez dele um
banquete. Acabada a festa, escondeu-se e ficou a apreciar a aflição do lobo, muito
maltratado, tentando fugir dos caçadores. Quando por fim se juntaram, a raposa começou
a choramingar, queixando-se das suas velhas pernas. Tanto lamuriou que
conseguiu que o lobo a levasse às cavalitas! Então, cantava feliz.
Elita Guerreiro 17/5/2022
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