No céu azul e brilhante,
A pomba de quando em quando
Desce à terra um instante!
Tudo nela é leveza
Branca como algodão,
Há nela tanta pureza
Que toca o meu coração!
Arrulha de quando em vez
No seu voo de liberdade,
O sonho não se desfaz
Leva consigo a saudade…
Saudade que só eu sei
O que custa vê-la partir!
Só há amor, não há lei
No seu humilde sentir…
Quem dera poder voar
Pelo céu à desfilada!
E aprender a amar
Contigo, pomba amada…
Elita Guerreiro*25/11/2014
Elita Guerreiro 25/11/2014
Azeitão, 13-11-2014
“
A POMBA E O AMOR”
Gostaria
de dizer que o amor se iguala à paz, que a pomba simboliza! Mas acho-o um
sentimento embora belo, tão contraditório! Universalmente, o amor é celebrado
como
não
carnal e por isso existem várias formas de amar e várias
formas
de o demonstrar…Ama-se o mar, as serras, os animais
as
plantas enfim…Também existe o amor platónico, no qual
aquele
ou aquela que o sente, diz ao falar: “Amigo ou amiga”,
quando
por vezes o coração sofre por não atingir o “objecto “ amado. Mas o amor, aquele
de que falam as grandes histórias, como Pedro e Inês, Romeu e Julieta e outros
mais que chegaram
até
nós…Esse amor envolve paixão, entrega e tragédia!
Quanto
a mim, o amor deveria ser leve como a asa duma terna pomba e sem fel, como o
seu pequeno coração. Sereno como uma lagoa adormecida e belo como uma linda
flor!...
Elita Guerreiro 25/11/2014
QUAL O BICHINHO DO TEU AMOR?
O nosso
amor tem um bichinho
Que,
de vez em quando, vai e vem.
Só nós dois é que sabemos
E mais ninguém.
No começo era tudo novo.
Tivemos que nos descobrir
um ao outro: a nossa educação foi diferente,
em relação ao que se passa
nos nossos dias.
Os tempos eram outros,
existiam regras para os comportamentos, diga-se, que era uma aventura, podermos
saltar o arame.
Só posso dizer que o meu
bichinho e seu fio nos entrelaçou há cinquenta e dois anos.
Não sei se por magia ou
não!
Talvez sim, talvez não!?
Eu sinto que ele ainda
anda por aí…
Por certo, está no nosso
inconsciente, mas a verdade é que nos tem acompanhado até aos dias de hoje. O
fio vai-se enrolando, enrolando, que já são tantos os metros que lhes perdi a
conta.
Mas há sempre um “mas” nas
histórias. Nós trabalhámos muito para que tudo o que construímos à nossa volta fosse
comparado a uma árvore resistente, que pudesse dar bons frutos. Só assim valeria
a pena.
A árvore foi crescendo e
os seus braços também.
Sem darmos conta, o fio lá
foi fazendo a sua viagem.
Esperamos que aquela
árvore que há tanto anos plantámos, nos dê a provar os frutos porque tanto ansiámos.
Valeu a pena, termos como
companhia esta metáfora (o amigo invisível). Como
em todas as histórias,
queremos um final feliz e por isso ele existiu.
Já que tiveram a paciência
de me ouvirem, então digo-vos:
Carmo Bairrada
Pronto, acabou a História!!!
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