domingo, 18 de janeiro de 2015

Qual é o bichinho do teu amor?...


“ LEVE ARRULHO DE AMOR”

Tão leve esvoaçando
No céu azul e brilhante,
A pomba de quando em quando
Desce à terra um instante!


Tudo nela é leveza
Branca como algodão,
Há nela tanta pureza
Que toca o meu coração!

Arrulha de quando em vez
No seu voo de liberdade,
O sonho não se desfaz
Leva consigo a saudade…

Saudade que só eu sei
O que custa vê-la partir!
Só há amor, não há lei
No seu humilde sentir…

Quem dera poder voar
Pelo céu à desfilada!
E aprender a amar
Contigo, pomba amada…
 

Elita Guerreiro*25/11/2014


“ A POMBA E O AMOR”

Gostaria de dizer que o amor se iguala à paz, que a pomba simboliza! Mas acho-o um sentimento embora belo, tão contraditório! Universalmente, o amor é celebrado como
não carnal e por isso existem várias formas de amar e várias
formas de o demonstrar…Ama-se o mar, as serras, os animais
as plantas enfim…Também existe o amor platónico, no qual
aquele ou aquela que o sente, diz ao falar: “Amigo ou amiga”,
quando por vezes o coração sofre por não atingir o “objecto “ amado. Mas o amor, aquele de que falam as grandes histórias, como Pedro e Inês, Romeu e Julieta e outros mais que chegaram
até nós…Esse amor envolve paixão, entrega e tragédia!
Quanto a mim, o amor deveria ser leve como a asa duma terna pomba e sem fel, como o seu pequeno coração. Sereno como uma lagoa adormecida e belo como uma linda flor!... 

Elita Guerreiro 25/11/2014


QUAL O BICHINHO DO TEU AMOR?


O nosso amor tem um bichinho
Que, de vez em quando, vai e vem.
Só nós dois é que sabemos
E mais ninguém.

No começo era tudo novo.
Tivemos que nos descobrir um ao outro: a nossa educação foi diferente,
em relação ao que se passa nos nossos dias.
Os tempos eram outros, existiam regras para os comportamentos, diga-se, que era uma aventura, podermos saltar o arame.

Só posso dizer que o meu bichinho e seu fio nos entrelaçou há cinquenta e dois anos.
Não sei se por magia ou não!
Talvez sim, talvez não!?
Eu sinto que ele ainda anda por aí…

Por certo, está no nosso inconsciente, mas a verdade é que nos tem acompanhado até aos dias de hoje. O fio vai-se enrolando, enrolando, que já são tantos os metros que lhes perdi a conta.

Mas há sempre um “mas” nas histórias. Nós trabalhámos muito para que tudo o que construímos à nossa volta fosse comparado a uma árvore resistente, que pudesse dar bons frutos. Só assim valeria a pena.
A árvore foi crescendo e os seus braços também.
Sem darmos conta, o fio lá foi fazendo a sua viagem.
Esperamos que aquela árvore que há tanto anos plantámos, nos dê a provar os frutos porque tanto ansiámos.

Valeu a pena, termos como companhia esta metáfora (o amigo invisível). Como
em todas as histórias, queremos um final feliz e por isso ele existiu.
Já que tiveram a paciência de me ouvirem, então digo-vos:
 Um dia, quando partirmos, certamente, que levaremos connosco o nosso querido Bicho da Seda.

 Azeitão, 13-11-2014
Carmo Bairrada
Pronto, acabou a História!!!              

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