domingo, 27 de fevereiro de 2011

Em Demanda da "Ilha Desconhecida".3 (do conto de José Saramago)

o de
   JOSÉ   SARAMAGO:
breves apontamentos biográficos em "O Conto da Ilha Desconhecida"

 Nasceu a 16 , mas foi registado a 18 de Novembro de 1922.  No seu nome passou a constar SARAMAGO, por erro do funcionário publico.
Passou a sua infância em Lisboa, onde fez o curso de serralheiro mecânico, tendo depois trabalhado nos Hospitais Civis de Lisboa, passando a escriturário em 1942.
Em 1943 é afastado da Caixa de Abono de Família do Pessoal da Industria Cerâmica por apoiar a candidatura de Norton de Matos.
Em 1944 casa com a pintora  Ilda Reis, da qual tem uma filha (Violante).
De 1947 a 1966 publica Terra do Pecado, Clarabóia, O Mel e o Fel, Os Emparedados e Rua.
Faz traduções de vários autores estrangeiros e trabalha na Editora Estúdios Cor.
Em 1966 edita o primeiro livro de poemas  Os Poemas Possíveis.
Em 1969 filia-se no P.C.P..
Em 1970 divorcia-se de Ilda Reis e vai viver para a Parede. Vive com a escritora Isabel da Nóbrega até 1986.
Entretanto publica crónicas no "Jornal do Fundão" e "Diário de Lisboa" que, posteriormente, compila e publica.
Em 1975 é nomeado diretor-adjunto do Diário de Notícias onde saneou vários jornalistas por não serem do partido. Faz parte do MUTI (Movimento  Unitário de Trabalhadores Inteletuais).
Nesta fase da vida mais conturbada, tal como a mulher do conto decide passar pela porta das decisões e não volta a empregar-se,  dedicando-se exclusivamente à escrita.
A partir daqui publica o livro Levantado do Chão, 1980 e Memorial do Convento, 1982, com o qual ganha visibilidade.
Em 1984, preside à  Assembleia da Sociedade Portuguesa de Autores e publica O Ano da Morte de Ricardo Reis.
Em 1986, publica A Jangada de Pedra e conhece Pilar del Rio (será esta a mulher do conto?).
Em 1991 publica O Evangelho Segundo Jesus Cristo, livro que lhe traz muitos opositores :
O Governo em 1992 (Sousa Lara, secretário  da cultura) veta o mesmo a Prémio literário Europeu. ( o Rei não lhe dá o barco logo de início)
O deputado europeu Mário David diz ter vergonha de ser seu compatriota e aconselha-o a deixar a nacionalidade Portuguesa.
A Igreja critica-o por considerar que leu a Biblia como um “manual de maus costumes” e, mais tarde, considera-o como um ideólogo anti-religioso.
Serão estes os marinheiros do sonho, que o não querem acompanhar e  desembarcam antes de chegar à ilha desconhecida? É  em 1991 que ele sai de Portugal descontente com as criticas que lhe são feitas.
No entanto, recebe apoio de outras personalidades: Manuel Alegre e Edite Estrela.
Por outro lado, recebe vários prémios literários de  outros países. (a multidão a gritar para que o Rei lhe conceda o barco)
E assim acontece: com o apoio do Governo, é feita uma campanha através de uma empresa de publicidade Sueca.
O ICEP organiza entrevistas , seminários e discursos na Suécia.
Em 1998 recebe o Prémio Nobel da Literatura
 Durante o período que se seguiu, escreveu muitos outros livros, entre os quais,  Caim (2009), lhe trouxe  nova critica por parte da Igreja e da opinião pública católica.
Publicou ainda entre outros:
Ensaio sobre a cegueira, 1995
A caverna, 2000
As intermitências da morte, 2005
A viagem do elefante, 2008

Apesar de toda a polémica, foi premiado por muitos países, sendo mesmo distinguido com títulos  Doutor Honoris Causa por muitas Universidades de todo o Mundo.

Faleceu a 18 de Junho de 2010,  na sua ilha (Lanzarote),  aos 87 anos.

  Fontes :
 Wikipédia
Expresso, “ A vida de José Saramago”
(trabalho de Manuel Valinho de Almeida)

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